terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO APRESENTA “ESPETÁCULO DE VOCÊ” EM SANTARÉM/PA

Peça teatral ocorrerá neste domingo, 06/12, no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA – Unidade Rondon, com duas seções, às 19h e às 21h, com entrada franca 
Imagem de Divulgação.
            O Projeto Iurupari – Grupo de Teatro desenvolvido na Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, apresentará a peça teatral “Espetáculo de Você”, como proposta de concepção teatral gratuita ao público santareno. O espetáculo é de autoria de Raquel Catunda Pereira (Fortaleza/CE) e a classificação indicativa é de 14 Anos.
A apresentação ocorrerá neste domingo, 6 de dezembro, com duas seções, às 19h e às 21h, no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA, Campus de Santarém/PA, Unidade Rondon, com entrada franca. O público interessado em prestigiar o espetáculo deverá retirar os ingressos com UMA HORA DE ANTECEDÊNCIA. O Auditório tem capacidade de 130 lugares.
Foto de cena da peça teatral “Espetáculo de Você”
O projeto iniciou as atividades de preparação e estudo da peça “Espetáculo de Você”, de Raquel Catunda Pereira (2011), em julho deste ano. A autora não faz questão de delinear crucialmente as características dos personagens. A história inicia com o narrador que instiga questões sobre o assunto em pauta, que inicialmente é a Arte. A proposta cênica propõe uma relação imediata com os espectadores, como se eles também fizessem parte do espetáculo.
O espetáculo objetiva a ação do público, na medida em que se estabelece uma separação entre os atores e a plateia. A apresentação transcorre em relação aos espectadores, a ponto de se tornarem mais um personagem. O “Espetáculo de Você” ratifica essa relação entre a peça teatral e o público. Os personagens escolhem um dos lados, entre palco e platéia, e na medida em que essa separação se acirra estabelece a dicotomia entre o pensar e o agir.
Foto de cena da peça teatral “Espetáculo de Você”
A direção do espetáculo é de Leandro Cazula o elenco composto pelos atores: Alexander Junio, Amaury Caldeira, André Lemos, Andrew Pantoja, Anita Halla, Beatriz Coutinho, Derick de Sena, Ellen Maia, Giulia Sara, Ilka Dutra, Jhadme Gonçalves, Julio Sobrino, Larissa Monteiro, Conceição Gomes, Salomé Fredrich, Noiana Latoya, Raysse Mel, Rosana Sawaki e Wendel Freitas, com músicas de Fábio Cavalcante.
O Projeto Iurupari – Grupo de Teatro é desenvolvido na UFOPA – Campus de Santarém, e objetiva formar um grupo de pessoas, dispostas ao fazer cênico, para que elas possam exercer o fazer teatral entre si, e posteriormente se empenharem para apresentações teatrais, a fim de se efetivar um projeto de extensão com atividades artísticas no âmbito acadêmico, mas que também se concretiza com resultados direcionados para a comunidade em geral.
A proposta tem o apoio do ICED – Instituto de Ciências da Educação, da PROCCE – Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão, e ainda conta com o investimento do Edital Mais Cultura nas Universidades, do Ministério da Educação e Cultura.
Foto de cena da peça teatral “Espetáculo de Você”
SERVIÇO:
Espetáculo: “ESPETÁCULO DE VOCÊ”
LOCAL DA APRESENTAÇÃO: Auditório Wilson Fonseca da UFOPA, Campus de Santarém/PA, Unidade Rondon, Localiza-se na Av. Marechal Rondon s/n.º, Bairro Caranazal – Próximo ao Shopping Paraíso.
DATA: Domingo, 06 de Dezembro de 2015
HORÁRIO – Duas seções: 19h e 21h
ENTRADA: Gratuita
LOTAÇÃO: 130 pessoas
AUTORA: Raquel Catunda Pereira
DIREÇÃO: Leandro Cazula
MÚSICAS: Fábio Cavalcante
FIGURINOS e MAQUIAGEM: O Grupo
ILUMINAÇÃO: O Grupo
GÊNERO DO ESPETÁCULO: Pós-Dramático
DURAÇÃO: 45 minutos
ELENCO: Alexander Junio, Amaury Caldeira, André Lemos, Andrew Pantoja, Anita Halla, Beatriz Coutinho, Derick de Sena, Ellen Maia, Giulia Sara, Ilka Dutra, Jhadme Gonçalves, Julio Sobrino, Larissa Monteiro, Conceição Gomes, Salomé Fredrich, Noiana Latoya, Raysse Mel, Rosana Sawaki e Wendel Freitas.
CLASSIFICAÇÃO DO ESPETÁCULO: 14 Anos
Projeto Iurupari – Grupo de Teatro – UFOPA – Santarém/PA

Foto de cena da peça teatral “Espetáculo de Você”
Santarém/PA, 1.º de dezembro de 2015
Informações:

http://iurupari.blogspot.com.br/

quinta-feira, 14 de maio de 2015

NESTE SÁBADO SERÁ EXIBIDO O FILME “A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO” NO PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO, DA UFOPA

Exibição será neste sábado, 16/05, às 19h30min no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA – Campus Rondon
Imagem: Cartaz do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://www.cineconhecimento.com/2010/10/a-viagem-do-capitao/r
Em continuidade às etapas formativas dos integrantes do Projeto Iurupari – Grupo de Teatro, projeto de extensão da UFOPA – Santarém, a partir de exibições de filmes, neste sábado, 09 de maio, as 19h30min, no Auditório Wilson Fonseca do Campus Rondon da UFOPA de Santarém, teremos o filme de produção italiana e francesa “A Viagem do Capitão Tornado” (1990), com seção aberta gratuitamente aos interessados em prestigiar o filme.
Obra adaptada ao cinema mostra a saga da trupe mambembe pela Europa. “Se não se agarrasse com unhas e dentes a tal ocasião, provavelmente nunca lhe ocorreria outra semelhante. Afinal de contas, era nada mais nada menos que o sonho de sua vida”. A passagem é um trecho do livro “Capitão Fracasso”, do escritor e poeta francês Téophile Gautier (1811 – 1872). A obra narra a saga de uma trupe de artistas mambembes que viaja da Itália até Paris. A obra foi adaptada para o cinema em 1990 pelo diretor italiano Ettore Scola.
O filme é uma homenagem ao teatro e às artes cênicas em geral. O enredo tem uma trama consistente que vai envolvendo o espectador na atmosfera de sonho, em cenários medievais deslumbrantes, construindo uma fábula sobre aventura, coragem e paixão.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
SINOPSE DO FILME
França, 1774. O último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
MAIS SOBRE O FILME
(Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticia-179173-a-viagem-do-capitao-tornado-em-cartaz.html)
 “A Viagem do Capitão Tornado” é uma saudação ao teatro itinerante e revela o poder da arte como força transformadora diante das dificuldades da vida. A trama segue os rumos da trupe retratada na obra original de Gautier. Era comum na Europa medieval artistas se reunirem em trupes e viajarem pelo interior fazendo apresentações em pequenas vilas. As performances ocorriam geralmente em praças abertas, mas, em certas ocasiões, os mambembes eram convidados por reis para entreterem a corte em seus castelos. Esses artistas do passado eram muito pobres e passavam por dificuldades de todo tipo. Levavam uma vida parecida a das famílias de circo que cruzavam o interior do Brasil até pouco tempo, como retratado no nacional “O Palhaço”.
Como no filme de Selton Melo, o bom humor e a simplicidade da comédia do improviso aparecem bastante na obra de Scola. Em “A Viagem do Capitão Tornado” podemos assistir à chamada “commedia dell’arte”, peças populares improvisadas que contavam com personagens como o arlequim e colombina e giravam em torno de encontros e desencontros amorosos.
A França do final do século XIII, período em que o filme é ambientado, era um país desolador. A desigualdade social, a fome e as doenças castigavam a população que migrava para a capital em busca de uma vida melhor. Mais tarde, a insatisfação popular provocaria a queda da Bastilha, antiga prisão política da monarquia, e o início da sangrenta revolução que tiraria o poder dos nobres. A nobreza, aliás, vivia um período de decadência. O jovem e falido Barão de Sigognac (Vincent Perez), um dos personagens principais do filme, depois de hospedar a trupe mambembe, se junta a eles na saga até Paris.
“A Viagem do Capitão Tornado” traz no elenco atores italianos e franceses, como as belas Ornella Muti e Emmanuelle Béart. O filme provoca uma nostalgia encantadora por retratar um tempo esquecido em que a arte não era vista como produto mercadológico capaz de render milhões. Os artistas se dedicavam inteiramente por amor a algo que era muito mais do que suas profissões: era um estilo de vida. Mais do que viver de arte, os personagens do filme de Scola vivem com arte.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
SERVIÇO:
FILME: “A Viagem do Capitão Tornado”
DATA: 16 de Maio de 2015, sábado.
HORÁRIO: 19h30min
Local: Auditório Wilson Fonseca – Campus Rondon da UFOPA – Santarém
PÚBLICO ALVO: Pessoas com interesse em Artes Cênicas
DIRETOR: Ettore Scola
ANO DE LANÇAMENTO: 1990
DURAÇÃO: 132 min
PAÍS DE PRODUÇÃO: França, Itália

Informações: http://iurupari.blogspot.com.br / iurupari@gmail.com – Tel.: 93-99130-6555


quarta-feira, 6 de maio de 2015

PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO, DA UFOPA, EXIBE FILME CHILENO ‘DRAMA”

Exibição será neste sábado, 09/05, às 19h30min no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA – Campus Rondon
Imagem: Cartaz do Filme – “Drama”.
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br
Como parte das etapas formativas dos integrantes do Projeto Iurupari – Grupo de Teatro, projeto de extensão da UFOPA – Santarém, será exibido o filme “Drama” (2010) do diretor espanhol Matias Lira. A exibição ocorrerá neste sábado, 09 de maio, as 19h30min, no Auditório Wilson Fonseca do Campus Rondon da UFOPA de Santarém, e será aberto gratuitamente aos interessados em prestigiar o filme.
A seção, prevista, ocorrerá após o encontro semanal do projeto, que conta atualmente com a participação de aproximadamente 40 integrantes, dentre acadêmicos e comunidade em geral, e está em atividade contínua desde o mês de março do corrente ano.
Ainda neste mês de maio estão previstas exibições de outros filmes, com enfoques às questões teatrais e às artes cênicas, que tendem a aprofundar o discernimento dos integrantes nas discussões que enfocam o aprimoramento às atividades artísticas almejadas.
SINOPSE DO FILME
Em Drama três jovens crendo que a vida é um teatro… Influenciados por um professor e pelo método do teórico francês Antonin Artaud, três estudantes de teatro começam a buscar situações e emoções reais e trazê-las para o palco. A obsessão por se tornarem atores melhores os leva a conhecer seus lados mais obscuros, ultrapassando limites que eles e seus professores não poderiam prever.
MAIS SOBRE O FILME
(Fonte: http://cinepop.virgula.uol.com.br/noticias2/34mostrainternacionaldesaopaulo_jana_101.htm)
Filmes sobre ditadura sulamericana são destaque na Mostra
Os anos passam mais uma ferida continua bem aberta na América do Sul: a ditadura ainda é exposta pelo cinema com todas as suas mazelas. Na 34ª edição da Mostra de São Paulo dois filmes se destacam com este assunto - o argentino O olho Invisível e o chileno DRAMA.
[...]
Usando o teatro como aparente tema central, o longa chileno DRAMA, de Matias Lira, mostra três jovens que confundem seus personagens no palco com a vida real. Um deles, Mateo, é atormentado pela raiva que sente do pai e o desaparecimento de sua mãe. Desaparecimento este que, já no final do filme, vamos saber que está relacionado com a aterrorizante ascensão de Pinochet ao poder no Chile.
O interessante neste caso é que Drama mostra a ditadura calando os artistas e acabando com a liberdade de expressão, o que não difere dos dias atuais no Chile, onde ainda é preciso lutar para se expressar - o cartaz do longa foi censurado no país.
E se há uma coisa que o cinema não faz, definitivamente, é colocar os panos quentes na ditadura. Ainda bem.
Imagem: Cena do Filme – “Drama”.
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br
ENTREVISTA
(Fonte: http://cinepop.virgula.uol.com.br/noticias2/34mostrainternacionaldesaopaulo_jana_101.htm)
Diretor chileno Matias Lira comenta sobre Drama, seu primeiro filme
Motivados pelas técnicas do Teatro da Crueldade do dramaturgo francês Antonin Artaud e por um singular professor, três estudantes de teatro começam a experimentar vivências ao limite numa busca por atingir a perfeição. Misturando realidade e ficção, o filme Drama, de Matías Lira, é muito mais do que parece inicialmente.
Com vários anos de experiência dirigindo programas de televisão, Lira estreia com Drama nos cinemas, marcando presença como mais um jovem diretor chileno a tentar conquistar o mundo. Em entrevista ao CinePop, o cineasta, que está em São Paulo apresentando seu longa na Mostra internacional de Cinema, revela como foi fazer seu primeiro filme.
CinePOP: Como surgiu a ideia de filmar Drama?
Matías Lira: Procurei um tema que para mim fora recorrente, eu desehava trabalhar algo que me identificasse. O filme tem 90% de realidade, de coisas que vi e vivi, e 10% de ficção.
CinePOP: E por que usar o teatro como pano de fundo da história?
Matías Lira: Como já fui ator de teatro, peguei esse universo. Além disso, adoro filmes que usam o teatro como tema central. Um dos meus preferidos é O Estado das Coisas, do Wim Wenders. Então para fazer meu primeiro filme tinha que ser algo que me encantasse, e o teatro me encanta.
CinePOP: Você usa o Teatro da Crueldade do dramaturgo francês Antonin Artaud como ponto de partida da trama. As cenas de ensaio a partir dessa técnica são bastante angustiantes, com os atores passando por momentos exaustivos. O que vemos no filme são técnicas reais ou você exagerou?
Matías Lira: Queria retratar a obsessão destes jovens estudantes por querer ser os melhores, por procurar sua identidade, mas no fundo devem compreender que não existem as pressões e nada é tão importante como a saúde física e psicológica.o que eu queria passar é que não é necessário viver no limite para atingir o sucesso. Em qualquer carreira, os jovens, entre 18 e 23 anos, acham que se não fizerem sucesso nesta época, são fracassados. E isso não é verdade. Mesmo no jornalismo é assim, o jovem jornalista sente essa pressão. Todo mundo tem crise nessa idade, a gente acha que se não conseguir algo vai fracassar para o resto da vida. Então coloquei as cenas de ensaio de teatro mostrando como eles sofrem para atingir o sucesso, quando, na verdade, são inseguros e não precisam fazer sucesso tão jovens.
CinePOP: Na realidade o teatro é pano de fundo para um tema recorrente no cinema sulamericano, a ditadura.
Matías Lira: Sim, e mais do que retratar o interior das escolas quis mostrar do que muita da gente relacionada com as artes cênicas está ao mesmo tempo muito conectada com a realidade. E mostrar isso e outras coisas no filme me causaram problemas com a censura no Chile.
CinePOP: Que problemas?
Matías Lira: Os problemas já começaram no cartaz, que mostra os três protagonistas juntos, na cama, e remete a uma cena do filme. No Chile o cartaz saiu com uma tarja no rosto dos personagens, então não se vê que são dois homens e uma mulher. Além disso há críticas à igreja, e no Chile há meus casos de padres envolvidos com pedofilia. Falta diálogo no país, e essas coisas continuam acontecendo por causa dessa falta de diálogo.
CinePOP: Apesar dessa censura, o filme foi bem recebido pelo público no Chile, o que você acha disso?
Matías Lira: Acho que a identificação vem de que, apesar dos personagens principais serem atores, o filme trata de atuarmos na vida. É esta reflexão que deve ser feita e acho que isso tem atraído as pessoas.
CRÍTICA:
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br/2011/08/drama-de-matias-lira.html
Drama de Matías Lira
QUATRO PALERMAS
Este filme, não sei porquê, estreou no Havana Film Festival de 2010, e fiz download dele de não sei onde, porque li na sinopse que os personagens se deparavam com as teorias de Antonin Artaud sobre teatro. É esta a promessa de "Drama": a história de três jovens atores que se propõe atravessar uma série de situações estranhas, de forma a seguir a ideia de Artaud de que o teatro não devia ser uma mentira, mas o encontrar da verdade dos personagens pelos próprios atores (Mais ou menos isto.), confundindo assim aquilo que são enquanto pessoas com aquilo que são os personagens que pretendem interpretar.
A ideia é boa, se é fato que as teorias de Artaud não foram ainda ultrapassadas e que representam uma verdadeira revolução, a mais significativa talvez, na arte de representar. No entanto, eis o que encontramos no filme de Matías Lira: dois rapazes, Matteo (Eusebio Arenas) e Ángel (Diego Ruiz) e uma rapariga, Maria (Isidora Urrejola). Matteo e Maria mantém uma relação amorosa de componente sexual conturbada, ao que se percebe, devido a algum trauma de infância de Matteo. Ángel atravessa a descoberta da sua homossexualidade. No contexto das suas aulas de teatro, os três propõe-se a viver situações estranhas para depois apresentarem uma peça ou um monólogo. Estas situações estão ligadas a prostituição, a violência e a uma espécie de submundo. Até aqui tudo bem. No entanto, Matías Lira revela-se o mais completo incompetente no que toca a filmar tudo isto. Os três personagens estão tão pobremente definidos que não parecem ter sequer personalidade alguma para começar; e as situações em que se encontram são abordadas de uma maneira tão superficial e tão abandalhada que quase estranhamos que aquilo signifique mais que uma inocente brincadeira de criancinhas num parque infantil. Poderia isto ser uma forma de apontar para a imprepração dos três jovens atores, mas acontece que, pela cenografia e pelas consequências dessas situações, percebemos que era suposto aqueles momentos serem intensos e limítrofes e inclusivamente terem uma dimensão intelectual. Aliás, o único bom momento deste filme é o monólogo apresentado neste contexto por Ángel. É um segmento de boa qualidade, em si, porque a verdade é que, julgando-o de acordo com o resto do filme, gera-se uma incongruência, pois a situação que dá origem ao monólogo está tão mal pensada que, na verdade, só mesmo em ficção é que ela poderia ter originado aquele monólogo.
O resto do filme está sempre de acordo com tudo isto. Situações que notoriamente se queriam fortes e contundentes, mas que resultam sempre pobres enquanto cinema e enquanto tudo, na verdade. A pressuposta dimensão intelectual e experimental de todas essas situações não existe, nem sequer residualmente. Ángel, de repente, torna-se quase apagado, não parecendo muito mais que um adolescente a tentar ter sexo; Maria parece uma menina desesperada por chamar a atenção do namorado que a rejeita e, mais irritante que todos, Matteo leva a sua vida a pensar nos seus mommy issues, o que nos faz pensar que Freud passou mais por aqui do que Artaud. A questão aqui é que o trauma infantil podia até ser uma boa ideia, e, inicialmente, até nos parece que poderá aí mesmo estar um bom ponto de tensão no filme. O problema é o final. A ideia da repetição desse trauma, entre Matteo e Maria é boa, mas a explicação que dão para o que verdadeiramente aconteceu à mãe de Matteo pura e simplesmente não resulta.
Além disso, entre Matteo, Ángel e Maria sugere-se uma relação triangular -que, aliás, é o próprio cartaz do filme -que pura e simplesmente não existe, limita-se a ser levemente, muito levemente, sugerido, no início do filme, perdendo-se redondamente logo a seguir.
A realçar de bom estão apenas pequenos detalhes que, por mais significativos que possam ser, não chegam para salvar um filme. Mas, de qualquer maneira, há que os realçar. Refiro-me ao baton que Matteo vai mostrando como um símbolo da mãe, a pistola de brincar que passa de Matteo para Ángel, o graffiti que Matteo faz, sempre igual, com um lobo (?). Estas pequenas coisas são as únicas que vão dando densidade a um filme a que o que falta é precisamente densidade.
No fim do filme, duas coisas nos podem ocorrer. A primeira de todas é que se Antonin Artaud tivesse visto este filme teria tido um desgosto de morte. A segunda é que, entre pseudo-intelectualidades, este filme é pouco mais que três palermas à frente de uma câmara, e mais um palerma atrás. E não há muito mais a dizer.
SERVIÇO:
FILME: “Drama”
DATA: 09 de Maio de 2015, sábado.
HORÁRIO: 19h30min
Local: Auditório Wilson Fonseca – Campus Rondon da UFOPA – Santarém
PÚBLICO ALVO: Pessoas com interesse em Artes Cênicas
DIRETOR: Matias Lira
ROTEIRISTA: Eliseo Altunaga, Sebastián Arrau, Matias Lira
ATORES – Destaque: Diego Ruiz , Eusébio Arenas
ATRIZ – Destaque: Isidora Urrejola

Informações: http://iurupari.blogspot.com.br / iurupari@gmail.com – Tel.: 93-99130-6555

Imagem: Atores protagonistas do filme – “Drama”
Fonte: http://blogfoursome.blogspot.com.br/2011/03/dica-de-filme-drama.html

quinta-feira, 26 de março de 2015

Hoje e sempre – 27 de Março: Dia Mundial do Teatro.

Amamos o fazer teatral e conscientizamo-nos de intensificar a relação puramente artística a favor de nós mesmos – ao dispor da sociedade. (Leandro Cazula)


“O teatro não é esta parada cênica onde um mito se desenvolve virtual e simbolicamente, mas esse cadinho de fogo e carne verdadeira onde, anatomicamente, por pisoteamento de ossos, de membros e de sílabas, os corpos se refazem e o ato mítico de fazer um corpo se apresenta fisicamente e de modo natural.” (ANTONIN ARTAUD).

Augusto Boal - http://www.olharbrasileiro.net/?portfolio=instituto-augusto-boal
“O TEATRO É A ÚLTIMA TRINCHEIRA DA HUMANIDADE. DEFENDA-O.”
(Ronaldo Ventura)
Diante de um oponente maior, ou de uma derrota iminente; ou você se rende ou foge; ou você é morto; ou você dinamiza aquilo que nos torna humanos, nosso “ser” e “fazer”, desperta suas potências, e cria um momento e um espaço para respirar, concentrar suas forças, planejar os próximos movimentos, propor os contra-ataques, vislumbrar uma situação melhor... Você faz uma trincheira.
Fazer trincheiras, apesar de serem bastante simples em termos de engenharia e tecnologia, é algo que possibilita tanto a defesa quanto o ataque; é manifestar sua existência, é expressar a sua recusa em aceitar alguma inferioridade que lhe está sendo imposta.
Nós fazemos teatro. E nos impomos. Manifestamos nossa existência perante nossos oponentes que parecem maiores, perante nossas derrotas que parecem inevitáveis. Lutamos cada dia, para apresentar o que há de humano para a própria humanidade. Enfrentamos conceitos, enfrentamos abstrações, enfrentamos razões irracionais, enfrentamos a subsistência, enfrentamos o descaso. E mesmo assim, nós fazemos teatro.
Nossos inimigos são perigosos porque se parecem conosco. Eles são falhos como nós somos, e acreditam que estão certos, do alto de sua iminente vitória, nos desprezam, a nós e o nosso ato de criar espetáculos, nossos ensaios, nossos coletivos, nossas redes e tramas... desprezam nosso ato de coragem. Mas nós temos uma vantagem: Nós fazemos teatro!
O teatro é a resposta dos fracos.
Aqueles que precisam pensar e agir. Aqueles que se esforçam para alcançar suas metas. Aqueles que precisam se unir para sobreviver. Aqueles que às vezes são obrigados a parecerem estáticos, enquanto se movimentam fora do alcance da visão, enquanto planejam, enquanto concentram suas forças.
O teatro é a resposta dos corajosos.
Aqueles que não se calam. Aqueles que não se submetem. Aqueles que olham para o gigante e não dizem “não temos como derrubá-lo”, mas pensam “não tem como não acertá-lo”.
O teatro é a resposta dos audazes. Dos que ousam. Dos impertinentes.
O Teatro é um ato de resistência, insistência e persistência.
É rebeldia. É proteger o que há de mais frágil e atacar onde é mais frágil. É ser humano diante de outro ser humano. É cavar trincheiras.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO DA UFOPA NESTE ANO DE 2015

As inscrições estarão abertas até o dia 20 de março e podem ser realizadas no Campus Amazônia e Rondon da UFOPA– atividades iniciam dia 7 de março
Imagem de divulgação
Fonte: Projeto Iurupari, 2015.
A Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, por meio da Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão – PROCCE comunica, aos interessados, acima de 15 anos, pela arte teatral e que queiram desenvolver atividades cênicas no ano de 2015, que estão abertas as inscrições para o Projeto Iurupari – Grupo de Teatro, até o dia 20 de março, que iniciará os trabalhos de formação e inserção ao teatro, a partir do dia 7 de Março, com encontros aos sábados.
O PROJETO
O Projeto Iurupari – Grupo de Teatro objetiva primeiramente formar um grupo de pessoas, dispostas ao fazer cênico, para que elas possam exercer a atividade teatral entre si, e posteriormente se empenharem para apresentações variadas, a fim de se efetivar um projeto de extensão com atividades artísticas no âmbito acadêmico, mas que também se concretiza com resultados direcionados para a comunidade em geral.
AS INSCRIÇÕES
As inscrições para o projeto podem ser realizadas no CAMPUS RONDON – UFOPA: Laboratório de Ensino em Geografia. Av. Marechal Rondon s/n.º, Bairro Caranazal; ou no CAMPUS AMAZÔNIA – UFOPA: Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão (PROCCE), na sala 528 (Diretoria de Cultura e Comunidade – DCC), 5.º andar, Av. Mendonça Furtado, n.º 2946, Bairro Fátima, de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Ou ainda nos encontros semanais (se houverem vagas). As inscrições de menores de 18 anos devem ser realizadas pelos pais e/ou responsável. Serão oferecidas 40 vagas e não há pagamento de taxa.
OS ENCONTROS
As atividades iniciais, previstas para ocorrerem aos sábados, a partir do dia 7 de março, das 14h às 19h no Auditório Wilson Fonseca do Campus Rondon da UFOPA de Santarém, visam desenvolver as habilidades do teatro entre os participantes, estimulando-os para que cada qual explore sua potencialidade, e posteriormente coloque-a em prática com o grupo, identificando sua capacidade corporal, vocal e interpretativa direcionadas ao teatro.
A coordenação geral da proposta é do professor, ator e diretor teatral Leandro Cazula, que idealizará o desenvolvimento do Grupo Teatral, e conta com o apoio de professores e acadêmicos da UFOPA de Santarém, e ainda tem-se o incentivo e auxílio de fazedores teatrais da comunidade santarena.
SERVIÇO:
PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO
Projeto com carga horária de 180 horas
Encontros aos sábados das 14h ás 19h
Período de realização: 07/03/2015 á 19/12/2015
Local: Auditório Wilson Fonseca – Campus Rondon da UFOPA – Santarém
40 Vagas Oferecidas – Acima de 15 anos
(Aos menores de 18 anos as inscrições devem ser feita pelos pais e/ou responsável)
Coordenador: Leandro Pansonato Cazula – ICED/UFOPA
Inscrições de 23/02/2015 á 20/03/2015:
- CAMPUS RONDON – UFOPA: Laboratório de Ensino em Geografia. Av. Marechal Rondon s/n.º, Bairro Caranazal; ou,
- CAMPUS AMAZÔNIA – UFOPA: Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão (PROCCE), na sala 528 (Diretoria de Cultura e Comunidade – DCC), 5.º andar, Av. Mendonça Furtado, n.º 2946, Bairro Fátima;
- Ou nos encontros semanais (se houverem vagas)

Informações: iurupari@gmail.com – Tel.: 93-99130-6555