sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PROJETO IURUPARI APRESENTA O ESPETÁCULO “ISTO É UM HOMEM” NO AUDITÓRIO WILSON FONSECA DA UFOPA DE SANTARÉM


Imagem de divulgação da peça teatral “ISTO É UM HOMEM”


A apresentação será as 19h nesta quarta-feira – 14 de fevereiro, na Unidade Rondon
O Projeto Iurupari – Grupo de Teatro da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, a convite do Prof. Rainério dos Santos Lima (Docente do Curso de Letras da Ufopa), realizará a apresentação do Espetáculo “ISTO É UM HOMEM”, nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, no Auditório Wilson Fonseca, da Unidade Rondon do Campus de Santarém, às 19h, com entrada franca a todos os interessados. O espetáculo foi convidado para fazer parte da programação do conteúdo da disciplina “Teorias do Texto Dramático”, oferecida ao curso de Letras da Ufopa, e complementa a mesa-redonda, anteriormente realizada, "Teatro em Santarém: Cenas, Memórias e Contemporaneidade", realizada no dia 7 de fevereiro de 2018.
O espetáculo é um experimento cênico que foi concebido pelos integrantes do “Núcleo de Jovens e Adultos” do ano de 2017, um dos núcleos formativos em teatro desenvolvido pelo Projeto Iurupari – Grupo de Teatro da Ufopa, em processo de concepção e exercício teatral.
Foto de cena da peça teatral “ISTO É UM HOMEM”
SOBRE A PROPOSTA CÊNICA
O projeto iniciou as atividades de preparação e estudo da peça “Isto é um Homem”, de Ricardo Lima, em julho de 2017. Ao próprio título ‘Isto é um homem’, demonstra uma constante reflexão do autor em relação ao que se pode considerar humano. Já o elenco discorre cenicamente as propostas do autor, de forma que se atenuam sensações e questionamentos diante do empoderamento do ‘homem’ sobre a sociedade. Há um possível medo diante das incertezas quanto à própria sobrevivência da humanidade, já que se apresentam várias formas de perdas de identidade, dignidade e, consequentemente, a sua humanidade.
A direção do espetáculo é de Leandro Cazula, com duração de 40 minutos, o elenco composto pelos atores: Alessandra Mota, Amaury Caldeira, Andreza Peixoto, Cleiton Bentes, Emmile Sampaio, Fiema Soares, Isabel Creão, Hérveli Soares, Jarkson Pompeu, Jéssica Miranda, Karina Rabelo, Kisse Leivas, Larissa Monteiro, Lucas Scoot, Luís Fernando, Mayara dos Santos, Raimundo Ferreira, Raysse Mel, Rosana Sawaki e Wendel Freitas, já os figurinos, adereços, cenografia e maquiagem tem a proposição do próprio grupo.
Foto de cena da peça teatral “ISTO É UM HOMEM”
O Projeto Iurupari e a proposta do espetáculo “ISTO É UM HOMEM”, tem o apoio do Iced – Instituto de Ciências da Educação, da Procce – Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão.
SINOPSE DO ESPETÁCULO
Diante da sociedade vamos imaginar agora um homem. Vamos desprendê-lo de outras pessoas, e retirar-lhe tudo o que possui: será um homem vazio, reduzido ao sofrimento e à necessidade, vazio de dignidade e de juízo. Podemos concluir que este homem se perde a si mesmo?
Foto de cena da peça teatral “ISTO É UM HOMEM”

SERVIÇO:
Espetáculo: “ISTO É UM HOMEM”
DATA: 14 de fevereiro de 2018 – quarta-feira
LOCAL: Auditório Wilson Fonseca, Unidade Rondon do Campus de Santarém da Ufopa.
LOTAÇÃO: 120 pessoas
ENDEREÇO: Av. Marechal Rondon, s/n, Caranazal, Santarém-Pará
HORÁRIO: 19h
ENTRADA: Livre
DRAMATURGIA: Ricardo Lima
DIREÇÃO: Leandro Cazula
FIGURINOS e ADEREÇOS: O Grupo
GÊNERO DO ESPETÁCULO: Pós-Dramático
CLASSIFICAÇÃO: 15 Anos
DURAÇÃO: 40 minutos
ELENCO: Alessandra Mota, Amaury Caldeira, Andreza Peixoto, Cleiton Bentes, Emmile Sampaio, Fiema Soares, Isabel Creão, Hérveli Soares, Jarkson Pompeu, Jéssica Miranda, Karina Rabelo, Kisse Leivas, Larissa Monteiro, Lucas Scoot, Luís Fernando, Mayara dos Santos, Raimundo Ferreira, Raysse Mel, Rosana Sawaki e Wendel Freitas
Projeto Iurupari – Grupo de Teatro – UFOPA – Santarém/PA

Santarém/PA, 06 de Fevereiro de 2018
Informações:
http://iurupari.blogspot.com.br/
iurupari@gmail.com

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

MESA-REDONDA DISCUTE AS PERSPECTIVAS DO TEATRO EM SANTARÉM NESTA QUARTA-FEIRA NA UNIDADE RONDON – UFOPA


Evento será realizado no Auditório Wilson Fonseca a partir das 19h – 07/02/2017

O curso de Licenciatura em Letras da Ufopa promove na próxima quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018, a mesa-redonda "Teatro em Santarém: Cenas, Memórias e Contemporaneidade", que será realizada a partir das 19 horas no Auditório Wilson Fonseca, situado na Unidade Rondon, Campus de Santarém. Aberto ao público, evento promoverá um debate sobre as memórias e os problemas contemporâneos do teatro santareno. Gratuitas, as inscrições serão realizadas no local do evento. Aberta ao público e à comunidade acadêmica, a atividade integra a disciplina "Teorias do Texto Dramático", ministrada pelo professor Rainério dos Santos Lima, do Instituto de Ciências da Educação (Iced).
Além de discutir as genealogias e as memórias do teatro santareno, o evento também visa a debater as perspectivas e os problemas contemporâneos, dando atenção tanto para a história cultural, quanto para as escritas dramatúrgicas, poéticas e políticas da cena. O debate contará com a participação de Alenilson Ribeiro, do grupo de teatro “Kauré”; Laurimar Figueira, do grupo “Terra Firme”; e do professor do Iced Leandro Pansonato Cazula, coordenador do grupo de teatro da Ufopa "Iurupari".

Serviço:
Mesa-redonda: "Teatro em Santarém: Cenas, Memórias e Contemporaneidade"
Data: 7 de fevereiro de 2018 (Quarta-feira)
Local: Auditório Wilson Fonseca, Unidade Rondon, Campus de Santarém

Fonte das informações: Comunicação/Ufopa, com informações da organização do evento - http://www.ufopa.edu.br/noticias/2018/janeiro/mesa-redonda-discute-as-perspectivas-do-teatro-em-santarem-no-dia-7-de-fevereiro

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A TRAGÉDIA GREGA RECONTADA



CARTA ABERTA DO GRUPO DE TEATRO IDENTIDADE PARA A COMUNIDADE DE TRÊS LAGOAS/MS
Três Lagoas/MS, 30 de janeiro de 2018

Tragédia e comédia é um par inseparável e faz parte da compreensão sobre o teatro e o fazer teatral há centenas de anos. Essa dupla sempre foi contada com maestria pelos grandes mestres, históricos e contemporâneos do teatro. Com esse pano de fundo, faremos desta carta pública um manifesto diante do desmonte galopante que identificamos, desde 2017, em relação à cultura nas suas variadas dimensões, que reunidas, representam uma tragédia recontada. Por que tragédia recontada? Porque não é raro ver políticas públicas serem transformadas em políticas de governo que nutrem os palanques eleitorais durante um período que seja. Portanto, contamos para a sociedade treslagoense que o Grupo de Teatro Identidade, criado em 2005, no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a partir desta data está rompendo a parceria institucional com a Prefeitura de Municipal de Três Lagoas.

O rompimento é pacífico, porém nós, idealizadores e integrantes do Grupo de Teatro Identidade, temos a responsabilidade social de deixar transparentes os motivos de uma decisão tão delicada. Deixamos claro que nós cumprimos com respeito e compromisso o nosso trabalho dentro das instituições que nos respaldam há anos, com o entendimento da prestação de um serviço público. E sabemos que atingimos o nosso objetivo de trabalhar por políticas públicas culturais e defender o direito de todo cidadão três-lagoense de ter acesso gratuito à arte e à cultura, algo que consideramos essencial na nossa constituição como grupo e inclusive na nossa atuação social.

Ao longo dos anos (2005-2017), em Três Lagoas atendemos cerca de 750 mil pessoas direta e indiretamente de acordo com os nossos relatórios anuais. Uma marca que o idealizador deste projeto, Prof. Leandro Cazula, não tinha noção que adquirisse doze anos depois. No que diz respeito à parceria Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Prefeitura de Três Lagoas, entre 2010-2017, nós do Grupo de Teatro Identidade, com as forças e os recursos disponíveis de ambas as instituições, promovemos e incentivamos a arte e cultura locais. 

Esse número astronômico alcançado é resultado de um esforço conjunto no qual alguns projetos fazem parte da nossa história e são eles: o corrente e ininterrupto desenvolvimento da Escola Municipal de Teatro, ao qual fomentamos a formação de centenas de crianças, jovens e adultos. Fortalecendo a inserção e formação destes participantes ao universo teatral e artístico, atendemos com produtos e atividades desenvolvidas, tais como: contação de Histórias; esquetes teatrais socioeducativas e artísticas; espetáculos teatrais; sombras-clowns; pintura facial e atividades interativas. Todas essas ações concretizadas e oferecidas gratuitamente à comunidade em geral, atendendo, ainda, os Centros de Educação Infantil - CEI, Escolas Municipais e Estaduais, Secretarias de Assistência Social, Meio Ambiente, Saúde e Esportes, Departamentos, Diretorias e Cursos Acadêmicos da UFMS, dentre outras tantas instituições.

Realizamos trimestralmente o Sarau Cultural de Três Lagoas, evento que ocorreu desde 2010 e que foi realizado até sua 22ª edição. Esse evento promoveu e incentivou ao público e aos artistas três-lagoenses com o contato nas mais diversas manifestações artísticas, como dança, teatro, música, literatura, artes plásticas etc.

Tudo isso sem contar com o nosso projeto de que mais nos orgulhamos: Semana Cultural – MS EM CENA. A Idealização e realização de um dos maiores festivais de teatro do Estado de Mato Grosso do Sul que, desde 2007, colocou Três Lagoas na rota dos eventos teatrais nacionais e regionais. Com a realização da última edição, isto é, a 11.ª Representação, em 2017, entre os dias 14 a 19 de novembro, possibilitamos ao longo de mais de uma década a formação de plateia para eventos no setor cultural e teatral, beneficiamos a população três-lagoense com os melhores trabalhos de teatro do estado e do país, além de instigar e fortalecer o contato com artistas de teatros em diferentes linguagens, de vários lugares e, sem dúvida, um evento reconhecido e com prestígio de muitos artistas teatrais do Brasil.

Foi um esforço imenso em terras áridas para a cultura, com C maiúsculo. Mas há um detalhe nessa história e ela possui o tom trágico, porém não é inédito. Sim! É possível contar essa tragédia se a colocarmos no contexto turbulento que o no nosso país perpassa. O retrocesso que vivemos no campo social e cultural pode ser visto em todos os telejornais, revistas e espalhado nas redes sociais.

E o rompimento da parceria em nome da “repaginação do teatro”, tal como advoga a gestão da Diretoria de Cultura, talvez traga à tona a capacidade incrível e trágica, dos gestores públicos, de envelopar o velho com cara nova, a cada quatro anos, sem pensar no legado ou na importância cultural de políticas públicas. Neutralizando, desse modo, a capacidade de fuga de uma agenda corporativa e midiática em que se transformou a cultura em Três Lagoas, que há quem diga que possui ares de renovação.

Por sorte e seriedade no que fizemos e ainda podemos fazer, não paramos e, de longe, esse rompimento significa o apagar de luzes do palco Identidade. Há sementes e brotos de esperança por todos os lados, e voltaremos à nossa dimensão universitária, nossa raiz e berço de formação, mostrando que sempre haverá esperança de retomada, reflexão e continuidade. Para Três Lagoas estaremos onde nunca deixamos de estar, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com a formação de plateia de sempre, enquanto um projeto de extensão. E com a certeza de que tragédia e comédia são lados da mesma moeda que, para o teatro, são completamente entrelaçados, mas para a gestão pública, pelo visto, só o lado da tragédia parece estar nos holofotes.

Evoé e muita merda!

Grupo de Teatro Identidade – Verão de 2018